Carlos Alberto volta e rebate críticos: 'Tem gente que não sabe nada'

sexta-feira, 12 de novembro de 2010.

Há 48 dias que Carlos Alberto não sabe o que é entrar em campo para disputar uma partida pelo Vasco. Aliás, atormentado por lesões, participou de apenas sete jogos neste Campeonato Brasileiro. O último foi na derrota por 1 a 0 para o Guarani, na 25ª rodada, quando sentiu um problema na coxa direita. De lá para cá, muito trabalho para se recuperar da lesão e poder ajudar novamente a equipe. Agora, a alegria está de volta.

Neste domingo, às 19h30m (de Brasília), contra o São Paulo, a braçadeira de capitão deve voltar para o camisa 19, que tem tudo para ser confirmado como titular. Mas, antes de isso acontecer, o meia viveu um período em que viu algumas notícias extracampo sobre ele. Um exemplo foi a foto em que, ao lado do tricolor Deco, curtia um ensaio de uma escola de samba carioca.

Apenas este tipo de polêmica é capaz de tirar o sorriso do rosto de Carlos Alberto. Mas, com a consciência tranquila, disse que não pode se importar com essas questões, apenas com o carinho dos torcedores.

- Tem gente que não sabe nada de futebol, e aí cria estes assuntos paralelos, fofocas, este tipo de situação. Agora, se fizer uma análise minha de campo, paro e sento para discutir com quem for. Aí, sim, podemos chegar a um denominador comum. Eu me pauto é pelo carinho da torcida. Saio nas ruas e vejo crianças com as tranças. Isso é gratificante para caramba. Quero passar pelo futebol e saber que fui importante. Todo mundo comete erros. Aqueles de cabelinho branco na cabeça fazem besteira, por que eu, que tenho 25 anos, não posso fazer? Não fiz nada demais também. Não matei, não roubei carro de ninguém, não assaltei banco... Estou com a consciência tranquila.
Não foram dois nem três, foram vários jogos que entrei em campo infiltrado para ajudar. Todos têm que lembrar que eu sou um ser humano, não sou de ferro."
Carlos Alberto

Mas o que realmente tira Carlos Alberto do sério é ouvir comentários de que ele faz corpo mole para não jogar. Ele disse que sempre fez sacrifícios para defender o Vasco, inclusive jogando com infiltrações.

- As pessoas têm memória curta demais. Não foram dois nem três, foram vários jogos em que entrei em campo infiltrado para ajudar. Todos têm que lembrar que sou um ser humano, não sou de ferro. O departamento médico sabe disso. Aí, quando você se machuca, as pessoas te criticam, e não dá para fazer nada.

O ano de 2010 foi realmente complicado no quesito lesões para o camisa 19, que desde o início da temporada conviveu com problemas deste tipo. Ele lembrou que em algumas ocasiões pediu para jogar quando não estava 100% e acabou se prejudicando.

- Na semifinal do Carioca, por exemplo, tive um problema no dia anterior, no treino, e mesmo assim fui para o jogo. Eu pedi para jogar. Muito disto eu assumo a responsabilidade, porque, quando existe a possibilidade de ajudar, vou até o fim. Quando não tenho condição nenhuma, não vou entrar para atrapalhar. Lembro de um outro jogo contra o Fluminense em que fui liberado para jogar 30 minutos. Só que o Jeferson se machucou com cinco minutos de jogo e eu entrei. Depois, fiquei mais uma semana fora das atividades. Quem me conhece sabe que quero sempre jogar. Algumas coisas que escuto me deixam triste.
Carlos Alberto: Já me sinto muito bem. Estava clinicamente recuperado, só precisava melhorar o condicionamento físico. Creio que já não teria problema para atuar, iniciar jogando. Foi tudo muito bem pensado para a minha volta, cumpri todas as etapas.

Faltam apenas quatro rodadas para o fim do Brasileiro. Como é passar por toda a recuperação, jogar quatro vezes e depois saber que vai ficar um longo tempo fora por causa das férias?

Sou apaixonado pelo que faço. O dia em que eu estiver de saco cheio disto, é melhor eu parar. Sempre sonhei ser jogador de futebol, e isso um dia vai acabar. Então, todo jogo que eu tiver oportunidade de jogar, tenho que curtir, independentemente se vou entrar de férias daqui a um mês ou uma semana. São quatro jogos que tenho, e quero ganhar todos. Temos mais um amistoso (quarta-feira, contra o Santos, no Piauí), e, se precisar, eu vou. Quero jogar.

Qual foi o momento mais complicado desde a lesão sofrida contra o Guarani?

Quando um jogador se machuca, é preciso buscar força onde não tem. Como atleta, meu corpo sente a necessidade de exercício físico. A lesão contra o Guarani me pegou de uma forma que sugou todas as minhas forças. Fiquei muito triste, mas recebi o apoio da minha família, amigos e dos torcedores. É uma luta diária contra a ansiedade, mas é preciso ter calma para que eu não corra risco.

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