Os atacantes Dodô e Jobson sofreram com as suspensões por doping e mostraram superação para darem a volta por cima. Apesar dos casos serem bem distintos, ambos pagaram o preço de serem execrados pela opinião pública e de ficarem longe daquilo que melhor sabem fazer na vida.
Aos 36 anos e com bem mais história no futebol do que o garoto de 22 anos, Dodô prefere mesmo nem lembrar do acontecido e manda energia positiva para Jobson, que, após a redução da punição no Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), poderá voltar aos gramados depois da Copa do Mundo.
“Não posso comparar porque foi um caso completamente diferente do meu. Cada um vive e paga pelo que faz. O importante é ele ter força e fé em Deus que as coisas vão melhorar”, declarou Dodô ao site Justicadesportiva.com.br.
Dodô foi suspenso por dois anos em 2007 pelo uso de femproporex, medicamento usado no auxílio ao combate da obesidade, por ser um inibidor do apetite. Já Jobson, por usar o crack, também levou gancho de dois anos, mas a punição caiu para seis meses.
Responsável pelas defesas de Dodô e Jobson, o advogado Carlos Portinho aponta os casos como dois marcos da Justiça Desportiva.
“O caso do Dodô foi um marco no futebol brasileiro por ter sido a primeira vez em que foi utilizado o Código Mundial Antidopagem e que a Corte Arbitral mudou a decisão do STJD. Ele não se abateu e sempre esteve focado em voltar”, comentou Portinho, que comemorou o resultado no caso de Jobson. “Não tive essa vitória (redução da pena) no caso do Dodô, mas agora vou sustentar isso por um bom tempo na minha carreira”.
